Fatores de risco e prevalência da deficiência auditiva neonatal em um sistema privado de saúde de Porto Velho, Rondônia/ Risk factors and prevalence of newborn hearing loss in a private health care system of Porto Velho, Northern Brazil

Revista Paulista De Pediatria

Endereço:
Alameda Santos, 211 - 5° andar, Conj. 501/502/511/512
São Paulo / SP
Site: http://www.spsp.org.br
Telefone: (11) 3284-9809
ISSN: 1030582
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Fatores de risco e prevalência da deficiência auditiva neonatal em um sistema privado de saúde de Porto Velho, Rondônia/ Risk factors and prevalence of newborn hearing loss in a private health care system of Porto Velho, Northern Brazil

Ano: 2013 | Volume: 31 | Número: 3
Autores: J. S. de Oliveira, L. B. Rodrigues, F. S. Aurélio, V. B. da Silva
Autor Correspondente: Virgínia Braz da Silva | [email protected]

Palavras-chave: fatores de risco; perda auditiva/diagnóstico; triagem neonatal, risk factors; hearing loss/diagnosis; neonatal screening.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

OBJETIVO
Determinar a prevalência da perda auditiva e caracterizar os resultados da triagem auditiva neonatal e do diagnóstico audiológico de recém-nascidos provenientes de unidades privadas de saúde.
MÉTODOS
Estudo transversal e retrospectivo no banco de dados da triagem auditiva neonatal realizada pela Clínica de Avaliação e Reabilitação da Audição, em recém-nascidos provenientes de unidades privadas de saúde da cidade de Porto Velho, Rondônia. Realizou-se análise descritiva do resultado da triagem, do risco para deficiência auditiva, dos indicadores de risco para deficiência auditiva e do diagnóstico. O alojamento conjunto foi comparado com a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal quanto à ocorrência de indicadores de risco para deficiência auditiva.
RESULTADOS
Dos 1.146 (100%) recém-nascidos cadastrados, 1.064 (92,8%) passaram e 82 (7,2%) falharam na triagem auditiva. Destes, 1.063 (92,8%) eram provenientes do alojamento conjunto e 83 (7,2%) da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal; 986 (86,0%) foram considerados de baixo risco e 160 (14,0%), de alto risco para problemas de audição. Dos 160 pacientes identificados como de alto risco para deficiência auditiva, 83 (37,7%) permaneceram internados em Unidade de Terapia Intensiva, 76 (34,5%) fizeram uso de ototóxicos e 38 (17,2%) apresentavam história familiar de deficiência auditiva na infância. A perda auditiva foi diagnosticada em 0,2% (n=2) da amostra.
CONCLUSÕES
A prevalência de perda auditiva nos recém-nascidos em unidades privadas de saúde foi de dois casos para cada mil recém-nascidos avaliados. O uso de ototóxicos, a internação em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e a história familiar de deficiência auditiva foram os fatores de risco para deficiência auditiva na infância mais frequentes nessa população.



Resumo Inglês:

OBJECTIVE:
To determine the prevalence of hearing loss and to analyze the results of newborn hearing screening and audiological diagnosis in private health care systems.
METHODS
Cross-sectional and retrospective study in a database of newborn hearing screening performed by a private clinic in neonates born in private hospitals of Porto Velho, Rondônia, Northern Brazil. The screening results, the risk for hearing loss, the risk indicators for hearing loss and the diagnosis were descriptively analyzed. Newborns cared in rooming in with their mothers were compared to those admitted to the Intensive Care Unit regarding risk factors for hearing loss.
RESULTS:
Among 1,146 (100%) enrolled newborns, 1,064 (92.8%) passed and 82 (7.2%) failed the hearing screening. Among all screened neonates, 1,063 (92.8%) were cared in rooming and 83 (7.2%) needed intensive care; 986 (86.0%) were considered at low risk and 160 (14.0%) at high risk for hearing problems. Of the 160 patients identified as having high risk for hearing loss, 83 (37.7%) were admitted to an hospitalized in the Intensive Care Unit, 76 (34.5%) used ototoxic drugs and 38 (17.2%) had a family history of hearing loss in childhood. Hearing loss was diagnosed in two patients (0.2% of the screened sample).
CONCLUSIONS:
The prevalence of hearing loss in newborns from private hospitals was two cases per 1,000 evaluated patients. The use of ototoxic drugs, admission to Intensive Care Unit and family history of hearing loss were the most common risk factors for hearing loss in the studied population.



Resumo Espanhol:

OBJETIVO
Determinar la prevalencia de pérdida auditiva y caracterizar los resultados de los exámenes auditivos neonatales y del diagnóstico audiológico de recién nacidos provenientes de unidades privadas de salud.
MÉTODOS
Estudio transversal y retrospectivo en la base de datos de los exámenes neonatales realizados por la Clínica de Evaluación y Rehabilitación de la Audición - Limiar, en recién nacidos provenientes de unidades privadas de salud de la ciudad de Porto Velho, Rondônia (Brasil). Se realizó el análisis descriptivo del resultado de los exámenes, del riesgo para deficiencia auditiva, de los indicadores de riesgo para deficiencia auditiva y del diagnóstico. El alojamiento conjunto fue comparado con la Unidad de Terapia Intensiva Neonatal respecto a la ocurrencia de indicadores de riesgo para deficiencia auditiva.
RESULTADOS:
De los 1.146 (100%) recién nacidos catastrados, 1.064 (92,84%) aprobaron y 82 (7,16%) fallaron en los exámenes auditivos. De estos, 1.063 (92,75%) eran provenientes del alojamiento conjunto y 83 (7,25%), de la Unidad de Terapia Intensiva Neonatal; 986 (86%) eran considerados de bajo riesgo y 160 (14%) de alto riesgo para problemas de audición. De los 160 pacientes identificados como de alto riesgo para deficiencia auditiva, 83 (37,7%) permanecieron internados en Unidad de Terapia Intensiva, 76 (34,5%) utilizaron ototóxicos y 38 (17,2%) presentaban historia familiar de deficiencia auditiva en la infancia. La pérdida auditiva fue diagnosticada en 0,2% (n=2) de la muestra.
CONCLUSIONES
La prevalencia de pérdida auditiva en los recién nacidos en unidades privadas de salud fue de dos casos para cada mil recién nacidos evaluados. El uso de ototóxicos, la internación en Unidad de Terapia Intensiva Neonatal y la historia familiar de deficiencia auditiva fueron los factores de riesgo para deficiencia auditiva en la infancia más frecuentes en esa población.