Os gestores organizacionais adotam ações que bloqueiam a aproximação com os atores político-sociais (postura buffering) e as ações que criam pontes estratégicas (postura bridging). No entanto, a literatura sobre stakeholders fornece informações escassas sobre o envolvimento entre micro e pequenas empresas e os seus públicos. A pesquisa investigou os fatores determinantes das atividades buffering e bridging em micro e pequenas empresas. Utilizando uma amostra de 160 empresas, foram testadas hipóteses baseadas nas contigências ambientais, na dependência de recursos, responsabilidade social corporativa e abordagem teórica dos stakeholders. O processo de análise foi modelagem de equações estruturais. Verificou-se que o poder organizacional não determinou nenhuma postura, e que as incertezas ambientais e a iniciativa estratégica dos gestores determinaram bridging e buffering. O pioneirismo estratégico dos gestores foi o fator mais importante para a postura bridging, mas, quando enfrentam incertezas, as empresas protegem-se com mais intensidade das demandas dos stakeholders sociais que dos políticos.
Organizational managers adopt actions that block approximation with political and social actors (buffering posture) and actions that create strategic bridges (bridging posture). However, the literature on stakeholders provides scarce information about the engagement between micro and small companies and their public. The research investigated the determining factors of buffering and bridging activities in micro and small companies. Using a sample of 160 companies, hypotheses based on environmental contingency, resource dependence, corporate social responsibility, and the theoretical approach of stakeholders were tested. The analysis process was structural equation modeling. It was found that organizational power did not determine any posture and that environmental uncertainties and the strategic initiative of managers determined bridging and buffering. The strategic pioneering spirit of managers was the most important factor for the bridging posture, but when facing uncertainties, companies protect themselves more intensely from the demands of social stakeholders than from the political ones.