IndivÃduos portadores de paralisia cerebral têm muitas barreiras a serem enfrentadas diante do quadro clÃnico por eles apresentados. O desenvolvimento de novas técnicas de fisioterapia apresentou uma geração de aparelhos de tratamento, denominados de órteses, que visam diminuir essa espasticidade e são utilizados para dar suporte aos músculos paralisados, visando à promoção de movimentos especÃficos ou correção de deformidades muscuoloesqueléticas, de modo que possam ser usados no dia-dia. Mas estes ainda deixam a desejar no conforto, na forma e na função, levando acondicionamento e diminuição do tempo de uso. O presente artigo teve como objetivo identificar os fatores que prejudicam na não utilização de órteses em portadores de paralisia cerebral. Foi realizado um estudo de corte transversal, em que os dados foram colhidos através da realização de 20 questionários com pais ou responsáveis de portadores de PC, pacientes da Associação de Apoio aos Portadores de Necessidade Especiais (AAPNE) e ClÃnica Escola de Fisioterapia da (UNIPAC). Obteve como resultado da pesquisa um total de 18 indivÃduos que relataram desconforto durante a utilização da órtese, e pontuaram os principais que foram o suor, bolhas, calos ósseo, dormência no pé e peso da órtese. Conclui-se que a grande maioria dos indivÃduos portadores de PC relata algum incômodo durante o uso da órtese e que as orientações dadas aos responsáveis são de muito valor para uso correto da órtese, pois quando essas orientações são dadas e compreensão é fidedigna estes adquirem maior facilidade em usar o dispositivo e o prognóstico passará a ser melhor.