FEIRAS MÓVEIS: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA COMPARATIVA COM AS FEIRAS MEDIEVAIS

Revista Extensão em Ação

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ISSN: 2316400X
Editor Chefe: Robéria Rodrigues Lopes
Início Publicação: 31/03/2011
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Comunicação

FEIRAS MÓVEIS: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA COMPARATIVA COM AS FEIRAS MEDIEVAIS

Ano: 2017 | Volume: 2 | Número: 14
Autores: Victor Alves Magalhães, Kilvia Souza Ferreira, Lara Capelo Cavalcante
Autor Correspondente: Victor Alves Magalhães | [email protected]

Palavras-chave: feiras móveis, informalidade, história

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A pesquisa tem por objetivo fazer uma investigação etnográfica sobre o ethos de trabalho do feirante, tecendo, ao mesmo tempo, comparações e abordagens sobre esse comércio de rua ao longo da história, analisando os motivos pelos quais esses ambientes informais constituem um traço essencial e constantemente presente na formação das cidades. O campo empírico de incidência da pesquisa parte do olhar que os feirantes constroem sobre o seu meio de trabalho durante os vários anos de vivência na feira. A pesquisa de campo, na tentativa de captar a visão nativa (MALINOWSKI, 1978) dos feirantes, foi essencial no desenvolvimento da pesquisa etnográfica. Segundo Mariza Peirano (2014), esse processo ocorre por meio de formulações teórico-etnográficas, que consideram a comunicação no contexto da situação, transformam a experiência em texto e detectam a eficácia social das ações de forma analítica. Os resultados encontrados mostram que as feiras representam não apenas o meio de vida e trabalho dos feirantes, mas são, antes de tudo, partes daquelas pessoas que as compõem, traduzindo um estilo de vida não marginal, mas sim complementar dos nichos de procura dos fregueses que não encontram parte do que desejam (e precisam) consumir em lojas e supermercados, sendo tal aspecto um fato presente tanto na Idade Média como na atualidade e um dos principais motivos desses ambientes existirem há vários séculos



Resumo Inglês:

The research aims to conduct an ethnographic research on the work ethos of the marketer, while at the same time weaving comparisons and approaches to this street trade throughout history, analyzing the reasons why these informal environments are an essential and constant feature present in the formation of cities. The empirical field of research incidence starts from the look that the marketers build on their the means of work during the several years of experience in the fair. Field research, in an attempt to capture the native view (MALINOWSKI, 1978) of marketers, was essential in the development of ethnographic research. According to Mariza Peirano (2014), this process occurs through theoretical-ethnographic formulations, which consider communication in the context of the situation, transform the experience into text and detect the social effectiveness of the actions analytically. The results show that the fairs represent not only the livelihoods and work of the marketers, but are, first and foremost, part of those people who compose them, translating a lifestyle not marginal, but complementary to the niches of customer demand who do not find part of what they want (and need) to consume in stores and supermarkets, a fact that is present both in the Middle Ages and today and one of the main reasons for these environments existed several centuries ago.