Este artigo surgiu a partir da disciplina Seminários em
Literatura Brasileira, do mestrado em Teoria Literária da
Universidade Federal de Uberlândia (UFU), sob a orientação da
professora Kênia Maria Pereira de Almeida. Os trabalhos dessa
disciplina tinham o objetivo de observar as transfigurações da
personagem Medeia na literatura brasileira, pautando-se, em
especial, no tema da feitiçaria. Coube a mim o estudo da peça
teatral “Além do rio†(Medea), de Agostinho Olavo, escrita em
1957, mas publicada apenas em 1961 no livro “Dramas para
negros e prólogo para brancos – antologia do teatro brasileiroâ€.
Nessa peça, Olavo ambienta o mito grego no Brasil colonial,
This article arose from the discipline Seminários em Literatura
Brasileira, at the Master Program in Literary Theory, from
the Federal University of Uberlândia (UFU), by orientation of
professor Kênia Maria de Almeida Pereira. The works of this
discipline had the objective of observe the character Medea’s
transfigurations in the Brazilian Literature, directing, especially,
to the witchery theme. It was my responsibility to present the
study of Agostinho Olavo’s play “Além do rio (Medea)â€, written
in 1957, but only published in 1961, in the book “Dramas para
negros e prólogo para brancos – antologia do teatro brasileiroâ€.
In this play, Olavo adapts the greek myth to the colonial Brazil,
characterizing Medea as an African queen.