Este artigo busca evidenciar a participação da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino na construção de estruturas governamentais que fomentassem o debate e a implementação de políticas sociais voltadas à maternidade e à infância. Para tal, utilizaremos o conceito de maternalismo, que ressalta o papel das associações femininas e feministas na promoção de políticas materno-infantis. Ao questionarmos uma visão masculinista e economicista, buscamos desconstruir a persistente imagem das mulheres como beneficiárias da proteção social, edificando a figura da articuladora de políticas que, a partir de suas próprias experiências, impuseram novas demandas no campo das políticas sociais.
This article is intended to put in evidence the Federação Brasileira Pelo Progresso Feminino (FBPF) and its part in the construction of governmental structures that promoted debates and implementation of social politics leaned towards motherhood and infancy. By questioning this masculinist and economicist view, we search to deconstruct the persistent image of women as beneficiaries of social protection, and in this way raise the figure of women as political articulators that from their own experiences imposed new demands in the field of social policies.