O estudo traça interfaces da mobilização feminista no campo da saúde com
o Sistema Único de Saúde (SUS) no contexto de polÃticas neoliberais e de
adoção do ideário de Estado mÃnimo. Toma o princÃpio de integralidade
contido no âmbito do SUS; nas polÃticas de saúde das mulheres e na polÃtica
de controle da Aids para interpretar as escolhas estratégicas do movimento
feminista na área da saúde. A Rede Feminista de Saúde (Rede Saúde), fonte
privilegiada da pesquisa, é sujeito estratégico nos movimentos sociais para
avançar a agenda de direitos das mulheres. A pesquisa interpreta, à luz da
análise de documentos de domÃnio público, que o feminismo imprime uma
trajetória contra-hegemônica que cede diante da hegemonia dominante, ao
cumprir a agenda governamental, no caso da saúde focada na reprodução
biológica e no monitoramento das polÃticas públicas.
The study provides interfaces of feminist mobilization in the health field with
the National Health System (SUS) in the context of neoliberal policies and
the adoption of the ideology of the reduced State. It interprets the strategic
choices of the feminist movement in the area of health using the principal of
integration, as contained in the SUS, in women’s health policies and in HIV/
AIDS policies. The National Feminist Health Network is a primary source of
information of the research, a strategic subject/actor in the social movements
to advance the agenda of women’s rights. The research analyzes how feminism
carves out a counter hegemonic trajectory, but gives way to the dominant
hegemony when they comply with a governmental agenda.