O presente artigo propõe aproximações entre as noções de inconsciente óptico benjaminianas e as ideias de redução fenomenológica descritas por Moles. O texto utiliza tais conceitos para explorar o universo das fotografias científicas tradicionais – de fenômenos muito pequenos, muito distantes, excessivamente rápidos ou notadamente lentos. Reconhecendo que tais fenômenos não são visíveis a partir da óptica natural, o artigo constrói uma narrativa que revela como determinados métodos são adotados na apreensão e no visionamento de fenômenos latentes, os quais se apresentam eles mesmos em escalas espaço-temporais distintas, observáveis apenas a partir de próteses: mecanismos de fazer-ver.
The present article – Latent phenomena: space, time and unconscious optical in scientific photographs – suggests approaches between Walter Benjamin's notions of the Optical Unconscious and the ideas of Phenomenological Reduction as described by Abraham Moles. The article adopts such concepts to explore the universe of traditional scientific photography: pictures of the very small, the far-off, the excessively rapid and of notably slow phenomena. By noting that such phenomena are not visible by the naked eye, the article builds a narrative that reveals how some methods are adopted to apprehend (or capture) and to observe latent phenomena, which presents themselves in distinct spatial and temporal scales, visible only by using what we will be referring to as Prostheses, or advanced "to-see" mechanisms.
El presente artículo propone aproximaciones entre las nociones de inconsciente óptico benjaminianas y las ideas de reducción fenomenológica descritas por Moles. El texto utiliza tales conceptos para explorar el universo de las fotografías científicas tradicionales - de fenómenos muy pequeños, muy distantes, excesivamente rápidos o notablemente lentos. Reconociendo que tales fenómenos no son visibles a partir de la óptica natural, el artículo construye una narrativa que revela cómo determinados métodos se adoptan en la aprehensión y en la visualización de fenómenos latentes, los cuales se presentan ellos mismos en escalas espacio-temporales distintas, observables apenas a la luz de las prótesis: mecanismos de hacer-ver.