A fenomenologia: de Husserl a Heidegger

Kairós

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ISSN: 2357-9420/1807-5096
Editor Chefe: Dr. Renato Moreira de Abrantes
Início Publicação: 20/01/2004
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Teologia, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

A fenomenologia: de Husserl a Heidegger

Ano: 2022 | Volume: 18 | Número: 2
Autores: D. B. Rocha, J. P. Martins, M. L. R. F. Silva
Autor Correspondente: D. B. Rocha | [email protected]

Palavras-chave: Edmund Husserl, atitude fenomenológica, intenção da consciência, atitude natural, Martin Heidegger

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste estudo temos o objetivo de rastrear o pensamento fenomenológico de Edmund Husserl (1859-1938) e seu desdobramento em Martin Heidegger (1889-1976). A atitude fenomenológica se constitui a partir da máxima posta como urgente para o conhecimento, a saber, voltar às coisas mesmas, dada a intencionalidade da consciência. Isso constitui o método da fenomenologia arquitetado por Husserl, que reclama a crucial suspensão daquilo que ele alcunha como atitude natural. A atitude fenomenológica, por seu turno, reivindica que as pressuposições sejam suspensas, saindo do campo empírico, que posiciona os objetos no espaço e no tempo, com o propósito de deixar emergir a vida da própria consciência em sua dinâmica imanente. É necessário, conquanto, deixar o campo emergir sem teorizações e determinações daquilo que se apresenta à consciência. Ocorre que a teorização acerca do homem se torna inexequível. Este modus operandi desembocou no robusto projeto radicalizador de Heidegger.



Resumo Inglês:

In this study we aim to trace the phenomenological thought of Edmund Husserl (1859-1938) and its unfolding in Martin Heidegger (1889-1976). We have that, the phenomenological attitude is constituted from the maxim put as urgent for the knowledge, namely, to return to the same things, given the intentionality of the conscience. This constitutes the method of phenomenology devised by Husserl, which calls for the crucial suspension of what he calls the natural attitude. The phenomenological attitude, in turn, demands that presuppositions be suspended, leaving the empirical field, which positions objects in space and time, with the purpose of letting the life of consciousness itself emerge in its immanent dynamics. It is necessary, however, to let the field emerge without theorizations and determinations of what is presented to consciousness. It so happens that theorizing about man becomes unfeasible. This modus operandi led to Heidegger's robust radicalizing project.