A festa da princesa Mariana: a dança revelando a "turquia cabocla" na Amazônia

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ISSN: 2175-6015
Editor Chefe: Christiano Key Tambascia
Início Publicação: 01/11/2009
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

A festa da princesa Mariana: a dança revelando a "turquia cabocla" na Amazônia

Ano: 2018 | Volume: 8 | Número: 2
Autores: Pereira, Anderson Lucas da Costa
Autor Correspondente: Anderson Lucas da Costa Pereira | [email protected]

Palavras-chave: Festa, Dança, Religião, Amazônia

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Resumo Português:

A festa dá fluidez aos espaços, recria significados e materializa as cosmologias. Meu interesse neste artigo é demonstrar a festa da Cabocla Mariana, princesa turca que atravessou o portal da encantaria e ajuremou-se em terras amazônicas, realizada em um terreiro de Umbanda na cidade de Santarém, oeste do Pará. Falarei da festa não como o produto final de um grande empreendimento, mas da parte que dá sentido ao ritual: a dança da Cabocla Mariana. Em especial, “metaforizar” o giro da entidade como uma hipótese de aproximação com o Sama, a dança sufi girante dos dervixes para pensar: qual Turquia é essa presente nos rituais de Umbanda em Santarém, cheios de princesas turcas ajuremadas, caboclos e índios? A dança aponta para uma linha de investigação capaz de revelar como e porque ela pode funcionar como ação social discursiva e afetiva da sociedade, ao ponto de, inclusive, (re)constituir um reino “turco caboclo” na Amazônia.