A Festa do Acarajé no Ilê Axé Xirê Oyá: Memórias Narradas em Primeira Pessoa

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ISSN: 2675-6862
Editor Chefe: Rogério Sávio Link
Início Publicação: 24/09/2020
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

A Festa do Acarajé no Ilê Axé Xirê Oyá: Memórias Narradas em Primeira Pessoa

Ano: 2020 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: Wilma de Iansã, Marco Antônio Domingues Teixeira
Autor Correspondente: Marco Antônio Domingues Teixeira | [email protected]

Palavras-chave: Ritual religioso, Mãe Wilma de Iansã, Religião Afrobrasileira

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A festa do Acarajé já é uma tradição no Ilê Axé Xirê Oya. Esse ritual me foi presenteado por minha irmã de santo, Elza de Iemanjá, em cujo templo fui iniciada em 20.10.1980, grande e importante data para o povo do santo, que é a data em que o orixá, após dias de reclusão, é apresentado ao público e dá seu Orunkó (nome). Iacy, como é conhecida, morou muito anos em Salvador, pois quando casou com um flho de Mãe Teté, famosa Ialorixá de Oya, que prestava homenagem anualmente com a Festa do Acarajé para seu orixá Oya. Após separação conjugal Iacy retorna ao Rio de Janeiro, e ao despedir-se de Mãe Teté, foi surpreendida pelas palavras desta, ao dizer-lhe que em breve ela também seria uma Ialorixá, e que naquele momento ela, Mãe Teté, autorizava esse ritual da Festa do Acarajé, que deveria ser repassado para a primeira Iansã a ser iniciada em sua futura casa de axé. E assim foi feito, fui a primeira Iansã a ser iniciada no Ilê de Iemanjá, em Porto Velho, ganhando assim, esse maravilhoso presente, após meus três anos de santo, deixando de cumprir apenas dois anos após essa data, por motivos superiores a minha vontade.