Tomando como ponto de partida o apagamento dos limites entre crítica e ficção observado nos textos híbridos de Jorge Luis Borges e Roberto Bolaño, este artigo investiga a incorporação de elementos tradicionalmente associados à esfera literária nos textos críticos que analisam a cena contemporânea. A partir do diálogo entre literatura e teatro, crítica e ficção, atividade criativa e esforço teorizador, propõem-se alguns experimentos críticos-cênicos com o intuito de promover curtos-circuitos entre representação e realidade, evidenciando os falsos limites entre espaço cênico e espaço crítico.