As reflexões sobre a relação entre ficção e história iniciada pelos gregos originou uma visão
negativa da ficção que, embora proponha uma contraposição ao factual, simula um caráter de
verdade. Com isto, forma-se um topos no qual a ficção, associada à mentira, utilizar-se-ia de
linguagem capaz de forjar uma ilusão de realidade com força para denunciar uma dinâmica
histórico-social. Assim, abordamos a narrativa ficcional como espaço de jogo que ultrapassa o
mundo real que incorpora e faz emergir o imaginário e a intencionalidade do texto.
Especificamente, mostramos como o jogo operacionaliza a construção do romance Rum para
Rondônia (RONCARI, 1991).