O objetivo deste artigo é o de relacionar, em perspectiva crítica, os conceitos de “filosofia espontânea” em Antonio Gramsci e de “pedagogia libertadora” (ou da
autonomia) em Paulo Freire com os limites e possibilidades da Filosofia enquanto disciplina escolar a partir dos marcos legislativos que regulamentam seu ensino, considerando as aproximações e distanciamentos entre as diretrizes preconizadas pelo texto legal e a prática docente segundo as especificidades deste campo do saber, tomando como parâmetro a Lei federal de número 11684/2008 que institui sua introdução no rol de disciplinas obrigatórias da grade curricular das escolas de nível secundário, em suas três séries, em todo o país.
The aim of this paper is to relate into a critical perspective the concepts of “spontaneous philosophy” in Antonio Gramsci and the “pedagogy of freedom” or “pedagogy of autonomy” in Paulo Freire with the limits and possibilities of Philosophy as a school subject since the legal frameworks that regulates its teaching process, considering the approaches and distances between the law text and the classroom practice according to the specificities of this knowledge field, holding the parameter of the federal law of number 11684/2008 which determinates its introduction in the group of mandatory disciplines of the Brazilian secondary school system.