Floresta, para que te quero? Da territorialização camponesa a nova territorialidade do capital

REVISTA NERA

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ISSN: 1806-6755
Editor Chefe: Eduardo Paulon Girardi
Início Publicação: 30/06/1998
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Geografia

Floresta, para que te quero? Da territorialização camponesa a nova territorialidade do capital

Ano: 2008 | Volume: 0 | Número: 12
Autores: E. A. PAULA, S. S. SILVA
Autor Correspondente: E. A. PAULA | [email protected]

Palavras-chave: floresta, regularização fundiária, assentamentos, uso do território, Amazônia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Nas últimas três décadas do século XX, no Acre e áreas circunvizinhas, foram marcadas
pela luta sociais na disputa por terras de trabalho, perante retomada da terra de negócios no
âmbito da fronteira amazônica. A transferência do domínio privado do seringal para
fazendeiros mexia com as condições de territorialização camponesa. Esse processo de lutas
e disputas socioterritoriais passa a ser fortemente influenciado pelo ambientalismo a partir
da década de 1980. As políticas e estratégias adotadas pelo Estado no sentido de amenizar
os conflitos, produziram quatro modalidades distintas de regularização fundiária: a)
assentamentos agrícolas; b) assentamentos agroextrativistas; c) assentamentos
agroflorestais; d) unidades de conservação. Neste trabalho estamos buscando analisar as
peculiaridades desse “arranjo” perante a seguinte indagação: qual o significado da
incorporação de parte das demandas do campesinato e das bandeiras dos movimentos
ambientalistas no reordenamento da estrutura fundiária e nas formas de uso da terra nessa
porção do território amazônico? A nossa conclusão é a de que há sim formas de promoção
de acesso a terra de trabalho, mas também de geração de mecanismos de espoliação e
expropriação que mantém a lógica destrutiva e predatória do capital intocadas.