A fluida zona linguística das causalidades: áreas de contraste e de sobreposição

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ISSN: 19822014
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Início Publicação: 31/12/1974
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

A fluida zona linguística das causalidades: áreas de contraste e de sobreposição

Ano: 2014 | Volume: 39 | Número: 67
Autores: A. V. L. Coneglian
Autor Correspondente: A. V. L. Coneglian | [email protected]

Palavras-chave: relações adverbiais, categorias gramaticais, fluidez de limites

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo propõe-se a uma investigação da (fluida) zona adverbial das causalidades. Conjugando-se pressupostos cognitivistas e funcionalistas para uma análise da língua em uso, analisa-se as relações adverbiais de causa, de condição e de concessão a fim de verificar quais as propriedades semânticas e pragmáticas por meio das quais se observam áreas de contraste e de sobreposição entre essas três categorias. O tratamento conferido a essas relações adverbiais prevê que elas sejam consideradas categorias que apresentam membros prototípicos, ou seja, os mais representativos, e membros periféricos, que se distanciam da exemplaridade e podem se alocar em áreas de transição categorial. Em última instância, argumenta-se a favor de uma visão não engessada das categorias gramaticais, neste caso, a categoriais das relações adverbiais, dando-se continuidade a estudos funcionalistas e cognitivistas que seguem nessa direção como Dancygier e Sweetser (2005) e Neves (2010, 2012).



Resumo Inglês:

This article is an investigation of the fluid linguistic adverbial zone of causalities. By conjugating functional and cognitive premisses in order to analyze language in use, we analyze the adverbial relations of cause, condition and concession aiming at identifying the semantic and pragmatic parameters through which we observe areas of contrast and overlap between these categories. The treatment given these adverbial relations presupposes that they be considered categories which present more prototypical members, that is, exemplar members, and more peripheral members, that may be allocated in areas of transition between categories. Ultimately, we argue in favor of a view a non-rigid grammatical categories, in this case, the category of adverbial relations, giving continuity to a trend of studies in functional and cognitive linguistics such as Dancygier and Sweetser (2005) and Neves (2010, 2012).