Flusser em Wuhan: por uma economia política da imagem técnica na iconomia do capitaloceno

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ISSN: 1807-8583
Editor Chefe: Basílio Sartor / Suely Fragoso
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Comunicação

Flusser em Wuhan: por uma economia política da imagem técnica na iconomia do capitaloceno

Ano: 2020 | Volume: 0 | Número: 51
Autores: Gilson Liberato Schwartz
Autor Correspondente: Gilson Liberato Schwartz | [email protected]

Palavras-chave: Iconoclastia, Imagem técnica, Jogos de linguagem, Memória artificial, Imaginação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A contribuição de Vilém Flusser à emergência de novas epistemologias comunicacionais é sugerida como horizonte para a definição de uma iconomia ou teoria do valor econômico das imagens no capitalismo audiovisual antropocênico. Os elementos para essa aproximação partem da crítica flusseriana à sociedade do espetáculo e à fetichização dos ícones em seu texto Iconoclastia e em escritos de sua ficção filosófica aberta e voltada ao pensamento por jogos de imagens em que se destacam o fluxo, a liquidez, a maleabilidade e a adaptabilidade inteligente por meio de alegorias digitais oceânicas. Trata-se de valorizar as imagens usadas por Flusser como referência para uma teoria do valor capaz de superar a racionalidade instrumental binária que polariza o próprio pensamento econômico entre utilitaristas e materialistas.



Resumo Inglês:

Vilém Flusser’s contribution to the emergence of new communicational epistemologies is suggested as a horizon for the definition of an iconomy, or theory of the economic value of images under Anthropocene audiovisual capitalism. The support for this approximation comes from the Flusserian critique of the society of the spectacle and of the fetishization of icons in his text entitled Iconoclastia (‘Iconoclasm’) as well as in his writings of open philosophical fiction dealing with thinking through image games in which flow, liquidity, malleability and intelligent adaptability come to the fore as digital oceanic allegories. It is time to appreciate the images used by Flusser as a reference for a new theory of value that will overcome the binary instrumental rationality that causes radical polarities between utilitarian and materialist economic thought.