Este artigo procura compreender as relações entre hip-hop e mÃdia com base na experiência de jovens de classes populares que, dependendo da maior ou menor consciência da sua situação social terão, igualmente, maior ou menor autonomia para conduzir sua história pessoal e coletiva. O texto enfoca os conflitos dos produtores de hip-hop com o mercado, identificando como causa a tensão entre o discurso dos grupos – centrado na desigualdade social, econômica e étnica existente no Brasil – e a tentativa de neutralização dos mesmos por táticas mercadológicas da mÃdia e pelo controle de representações e das vozes legitimadas.