Este texto tem por objetivo o estudo da cultura quilombola na migração para espaços urbanos. O território urbano em foco é a Comunidade Quilombola Areal da Baronesa, situada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O referencial teórico tem inspiração nos desdobramentos das máquinas semióticas desenvolvidas por Deleuze e Guattari, com ênfase nos conceitos de fluxos e territorialidade. Serão analisados os significados simbólicos dos artefatos - comportamentos, rituais, práticas cotidianas, entre outras manifestações da Comunidade do Areal. As práticas de cultura estimulam as práticas de design. Essas práticas oferecem insumos para a discussão que as consideram como ecossistemas cujos processos projetuais criativos são capazes de produzir artefatos que transformam a realidade social. Serão contempladas a produção dos efeitos de sentidos, as expressões de cultura, o exercício do poder simbólico, as expressões do desejo e a inovação social.