Em sua trajetória histórica, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vem construindo discursos enfatizando a luta social para além da terra, ou seja, a reforma agrária defendida pelo Movimento não se desvincula de outros aspectos básicos para se viver nos assentamentos como saúde, educação, saneamento básico etc. Neste trabalho, pretende-se, a partir de uma análise histórica, estabelecer algumas reflexões sobre a relação do MST para com a educação entre os anos de 1984 e 1990. As considerações elaboradas provêm, especialmente,da análise do Jornal dos Trabalhadores Rurais SemTerra. Compreende-se, por meio desse periódico, no período delimitado, que o MST dimensionou significativamente seu olhar sobre a educação, organizando diversos encontros de educadores, no intuito de proporcionar troca de experiências e discussões que privilegiassem questões ligadas às escolas do campo.