A FOME E O SENTIMENTO DE NÃO PERTENCIMENTO DO IMIGRANTE AMAZONENSE NO CICLO DA BORRACHA COMO EXEMPLO DA FUNDAMENTALIDADE DO DIREITO À ALIMENTAÇÃO

Revista Confrontos

Endereço:
Rodovia MG-431 - Vila Tavares
Itaúna / MG
35680142
Site: https://mestrado.uit.br/revista-confrontos/
Telefone: (37) 3249-3008
ISSN: 2675-620X
Editor Chefe: Prof. Dr. Deilton Ribeiro Brasil
Início Publicação: 07/10/2021
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas

A FOME E O SENTIMENTO DE NÃO PERTENCIMENTO DO IMIGRANTE AMAZONENSE NO CICLO DA BORRACHA COMO EXEMPLO DA FUNDAMENTALIDADE DO DIREITO À ALIMENTAÇÃO

Ano: 2022 | Volume: 4 | Número: 7
Autores: SILVA FILHO, Erivaldo Cavalcanti e; MOTA, Kleilson Frota Sales
Autor Correspondente: SILVA FILHO, Erivaldo Cavalcanti e | [email protected]

Palavras-chave: Ciclo da borracha. Sentimento de não pertencimento. Direito à Alimentação.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo do presente artigo é analisar a relação existente entre a riqueza oriunda do ciclo da borracha e o cenário de fome que se instalou na região amazônica da época que reverbera como exemplo da relevância e essencialidade normativa do direito social à alimentação. Para tanto a pesquisa possui fundamento em referenciais teóricos, históricos e jurídicos, além de análise da ampla bibliografia que trata desta temática, seguindo o método dedutivo. Inicialmente, o estudo será focado em apresentar as principais características do ciclo da borracha amazonense e da fome, perpassando pelo cenário de doenças decorrentes da situação nutricional vivenciada. Após, busca-se verificar como o látex trouxe riqueza e, em ato quase simultâneo, fez transparecer o uso não racional da lucratividade adquirida, considerando o não melhoramento estrutural da produção de subsistência. Em seguida, apresenta-se os fatores que levaram o imigrante amazonense a desenvolver um sentimento de não pertencimento que foi preponderante para a não melhoria nos níveis de vida e de alimentação das populações locais, bem como foi determinante para a perpetuação do marasmo demográfico da região, em especial após a crise da borracha. Por fim, relaciona-se essa experiência amazônica com o contexto atual do direito fundamental à alimentação. Como conclusão, firma-se o entendimento de que a alimentação adequada (tanto quantitativa quanto nutricional) é elemento estruturante da dignidade humana, sendo essencial sua normatização para resguardar esse direito fundamental do povo, de forma que a economia seja necessariamente associada a uma reforma estrutural que atente compulsoriamente a este direito.