Força e consenso como fundamentos do Estado: Pareto e Gramsci

Revista Brasileira De Ciência Política

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ISSN: 1033352
Editor Chefe: Luis Felipe Miguel e Flávia Biroli
Início Publicação: 31/12/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciência política

Força e consenso como fundamentos do Estado: Pareto e Gramsci

Ano: 2011 | Volume: 0 | Número: 5
Autores: Alvaro Bianchi, Luciana Aliaga
Autor Correspondente: Alvaro Bianchi | [email protected]

Palavras-chave: Vilfredo Pareto, Antonio Gramsci, Nicolau Maquiavel, força, consenso

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A definição da política por meio do atributo ferino e humano do Centauro maquiaveliano – a força e o consenso como fundamentos do Estado – aparecerá tanto no pensamento político de Gramsci para caracterizar o Estado moderno, quanto na sociologia de Pareto, para distinguir as elites governantes. Os autores, contudo, aproximam-se de Maquiavel de formas bastante diversas. Enquanto Gramsci “atualiza” o realismo maquiaveliano, associando-o ao marxismo e aplicando-o a problemas contemporâneos, em Pareto evidencia-se uma adesão muito próxima à letra do texto de Maquiavel. As diferentes leituras dos autores a respeito das relações entre força e consenso, não obstante a coincidência da fonte maquiaveliana, desembocarão em perspectivas antagônicas acerca da política e da estabilidade social.



Resumo Inglês:

The definition of politics by means of the fierce and human attribute of the Machiavellian Centaurus – power and consensus as the foundations of the State – is present both in Gramsci’s political thought in order to characterize the modern State and in Pareto’s sociology in view of distinguishing governing elites. The authors, nevertheless, are close to Machiavelli in very different ways. Whereas Gramsci “updates” Machiavelli’s realism associating it to Marxism and applying it to contemporaneous issues, in Pareto it is evident a very close adherence to the very wording of Machiavelli’s writings. Despite the coincidence of their Machiavellian source, the authors’ different readings regarding the relationships between power and consensus will lead to antagonistic perspectives about politics and social stability.