Neste artigo procuramos apresentar uma análise comparada entre os processos de transição política pós-regimes militares no Brasil e no Chile. Partindo do pressuposto de que ambas transições ocorreram de forma incompleta, pois os legados do autoritarismo e as preservações de autonomias, por parte das Forças Armadas, mantiveram-se presentes durante todo o processo de transição, objetivamos apresentar o modo como tais medidas foram introduzidas e pressionadas pelas Forças Armadas no decorrer das negociações políticas com as forças civis. Para isso, utilizamos uma análise acerca dos processos constitucionais de cada país, bem como ações de lideranças militares naquele período.