O artigo visa discutir como o conceito cristão de caridade, central no Catolicismo e no Espiritismo kardecista, passa a ser utilizado como mecanismo de desqualificação e legitimação no processo de competição de competição religiosa entre duas religiões. Enfocando a cidade de Juiz de Fora no final do século XIX e nas primeiras cinco décadas do século XX, situa uma série de iniciativas do Catolicismo e Espiritismo na constituição de obras filantrópicas, onde o primeiro buscava a manutenção do seu monopólio e o segundo, legitimação frente à sociedade.