A Formação da Nova Geopolítica das Mudanças Climáticas

Sustentabilidade em Debate

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ISSN: 2179-9067
Editor Chefe: Marcel Bursztyn
Início Publicação: 30/09/2010
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

A Formação da Nova Geopolítica das Mudanças Climáticas

Ano: 2013 | Volume: 4 | Número: 1
Autores: Helena Margarido Moreira
Autor Correspondente: Helena Margarido Moreira | [email protected]

Palavras-chave: mudanças climáticas, geopolítica, negociações internacionais, debate norte-sul, cooperação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo descreve a evolução das negociações em torno das mudanças climáticas em busca de

um acordo global mais inclusivo e eficaz, e de que forma os principais países se posicionam e se

agrupam, demonstrando que a configuração geopolítica dessas negociações vem sofrendo

mudanças. As divergências Norte-Sul, determinadas em termos de desenvolvimento, conformaram

durante longo tempo o rumo das negociações, inclusive a base para a construção do subsistema

da ordem ambiental internacional para mudanças climáticas, através do princípio das

“responsabilidades comuns, porém diferenciadas”. No

entanto, o estado atual das negociações

climáticas mostra que essa divisão deu lugar a um agrupamento de países definido em termos de

espacialização das emissões de gases-estufa. Um maior conhecimento científico em torno das

causas e consequências das mudanças climáticas, levantado pelas pesquisas e relatórios

publicados pelo IPCC, e uma mudança no panorama mundial definido pelos jogos de poder entre

as potências são elementos que servem de base para a observação de uma mudança na geopolítica

das mudanças climáticas. A geopolítica que se percebe hoje opõe os grandes emissores globais de

GEE aos países com emissões significativas e em crescimento, mas que não conseguem,

isoladamente ou em pequenos grupos, exercer poder, em nível global, suficiente para alterar os

resultados internacionais.