Desde a segunda metade século XX, a presença de cães e gatos nos lares brasileiros vem aumentando, mas, paralelamente, também cresceu o número desses animais em situação de rua e os problemas decorrentes dessa superpopulação tornaram-se foco de preocupação. A educação ambiental voltada para a guarda responsável surge como instrumento fundamental para causar uma reflexão sobre as atitudes tomadas pelos seres humanos em relação a esses animais e gerar uma mudança no modo como os cães e gatos domiciliados (ou não) São tratados em nossa sociedade. Com o objetivo de habilitar professores da educação fundamental para realizar atividades de sensibilização sobre o tema com suas turmas, foi desenvolvida uma formação de professores e um acompanhamento das atividades geradas. Inicialmente, foram aplicados questionários e entrevistas de sondagem com dez professores do nível de ensino fundamental e, ao final da pesquisa, foram entrevistados sete educadores que participaram da formação. Durante os encontros, os professores se mostraram participativos e ativos nas discussões e todos desenvolveram planos de aula abordando conceitos relativos à guarda responsável e afirmaram compreenderam a importância do tema em sala de aula. Entretanto, apesar do engajamento na etapa de formação e planejamento, nem todos aplicaram as atividades propostas. Entre os motivos, foram citados o atraso nos conteúdos, ausência de vínculo afetivo com cães e gatos e falta de motivação para a inovação pedagógica, devido às dificuldades hoje associadas à profissão docente. A educação ambiental mostrou-se como um caminho propício para estimular o debate entre professores e estudantes, mas, para isso, deve ser continuada tanto nos ensinos fundamental e médio quanto na formação continuada de docentes.