Este estudo teórico, fundamentado nos trabalhos Max Horkheimer e Theodor Adorno, investiga as transformações econômicas e sociais no interior do capitalismo, com o objetivo de compreender o modo de submissão dos indivíduos às ideologias na atualidade. Com a passagem do capitalismo concorrencial para a era dos grandes monopólios econômicos, tanto a ideologia quanto o objeto da psicologia se modificam. A ideologia autoritária, expressão do nazifascismo, é uma consequência inevitável do capitalismo dos monopólios, movimento que ocorre concomitantemente ao enfraquecimento do indivíduo e ao fortalecimento de personalidades autoritárias e consciências tipificadas. Como conclusão, indicamos que a adesão à ideologia na atualidade passou a exigir do ego uma regressão demasiadamente acentuada, caracterizando-se como submissão consciente, redefinindo desta maneira o modo como pensamos a relação entre ideologia e personalidade.