O estado capixaba apresenta o maior grau de abertura
econômica do Brasil, sustentada por uma infraestrutura
portuária correlacionada a uma base produtiva extremamente
extrovertida. Resultado de múltiplas determinações
que, ao longo dos últimos 150 anos, atuaram sobre essa pequena
fração do território brasileiro, a economia capixaba,
no entanto, esteve assentada, até meados do século XX, em
pequenas propriedades produtoras de café cuja produção
era comercializada a partir da cidade de Vitória. Seu porto
permitiu-lhe a centralização do café produzido nas distintas
regiões estaduais, criando externalidades que puderam ser
apropriadas na capital quando a indústria começa a se desenvolver,
infl uenciada tanto pela atuação da Companhia
Vale do Rio Doce, a partir de 1942, quanto pelo sistema de
incentivos fi scais criado na década de 1960. Este artigo busca
reconstituir a trajetória da economia capixaba entre 1847
e 2010. O ano de 1847 é o ponto de partida porque marca o
inÃcio da colonização estrangeira no estado e, portanto, da
cafeicultura em pequenas propriedades que determinou a
dinâmica de sua economia até a década de 1950. Essa colonização
retirou o EspÃrito Santo da condição de relativo isolamento
em relação ao resto do território brasileiro e lançou
as bases para seu desenvolvimento posterior.
EspÃrito Santo presents the highest level of economic
openness among all states in Brazil, sustained by a
portuary infrastructure relationed to extremely extroverted
productive system. Result of multiple determinations that for
the last 150 years have affected this little part of the brazilian
territory, EspÃrito Santo´s economy, however, was based,
until the middle of the twentieth century, on small coffee
properties whose production was commercialized from the
capital city of Vitória. Its port has allowed the centralization
of all the coffee produced in the different regions of the state,what had generated externalities that could be appropriated
in the capital port when the industry has begun to arise infl
uentiated by the activities of Companhia Vale do Rio Doce
(since 1942) and by a system of fi scal incentives created in
the 1960´s. This issue major objective is to reconstitute the
EspÃrito Santo economic trajectory between 1847 and 2010.
1847 is the start point because it marks the beginning of
the foreign colonization process in the state and, that way,
of the coffee production in small properties that has determined
its economic dynamics until the 1950´s. This process
of colonization moved EspÃrito Santo from a condition of
relative isolation and has generated the bases for its further
development.