Este estudo teve como objetivo compreender as concepções de professoras da Educação Infantil acerca da formação pedagógica e dos desafios enfrentados no processo de inclusão escolar de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Como metodologia de pesquisa, elegemos a pesquisa de campo, de abordagem qualitativa. Para a coleta de dados foram utilizados um questionário sociodemográfico, um roteiro de entrevista semiestruturada e um roteiro de observação. Participaram do estudo 23 profissionais da educação que trabalham em Centros de Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de um município no interior do Paraná. Como referencial teórico adotamos a Psicologia Histórico-Cultural (PHC). Os resultados da pesquisa revelam que as profissionais da Educação Infantil não recebem assessoramento adequado dos órgãos competentes, bem como pouco participam de cursos de formação continuada. Como consequência, a atuação com alunos autistas se torna precarizada, uma vez que as profissionais não conseguem desenvolver trabalhos condizentes com as reais condições desses estudantes. Concluímos que é de suma importância a criação de um contexto de formação inicial e continuada que forneça os subsídios necessários para atuação docente na Educação Infantil e, especificamente, para o trabalho com crianças que possuem TEA.
This study aimed to understand the conceptions of Early Childhood Education teachers about pedagogical training and the challenges faced in the process of school inclusion of children with Autism Spectrum Disorder (ASD). Methodologically, we chose field research, with a qualitative approach. For data collection, a sociodemographic questionnaire, a semi-structured interview guide and an observation guide were used. 23 education professionals who work in Early Childhood Education Centers of the Municipal Education Network of a municipality in the interior of Paraná participated in the study. As a theoretical framework we adopted Historical-Cultural Psychology (PHC). The research results reveal that Early Childhood Education professionals do not receive adequate advice from the competent bodies, as well as little participation in continuing education courses. As a consequence, working with autistic children becomes precarious, since professionals are unable to develop work consistent with the real conditions of these students. We conclude that it is extremely important to create a context of initial and continued training that provides the necessary support for teaching in Early Childhood Education and, specifically, for inclusive work with children with ASD.