Introdução: a esclerose múltipla é uma doença crônica do sistema nervoso central, caracterizada por múltiplas áreas de inflamação, desmielinização e formação de cicatrizes gliais na substância branca. Diminuição no volume pulmonar, na capacidade vital, na resistência respiratória e na eficiência do mecanismo da tosse estão entre as principais causas de morbimortalidade. Objetivo: verificar os efeitos do fortalecimento muscular expiratório em um indivíduo com diagnóstico de esclerose múltipla do tipo remitente-recorrente. Materiais e métodos: a avaliação contou com anamnese, seguida dos testes de manovacuometria, espirometria e pico de fluxo expiratório. A intervenção deu-se numa frequência semanal, 2x/sem, durante dez semanas, utilizando o aparelho Threshold PEP®. O treinamento foi realizado em seis séries de dez exercícios. A reavaliação ocorreu em dois momentos, imediatamente após o término das vinte intervenções e após trinta dias da mesma. Resultados: houve 45 % de aumento na pressão inspiratória máxima, 60 % da pressão expiratória máxima após 30 dias da intervenção e o pico de fluxo expiratório mostrou-se com valor aproximadamente 30 % superior em comparação a avaliação inicial. Conclusão: o treinamento muscular expiratório proporcionou melhora da condição respiratória indicando a importância da implementação desta terapia, de forma precoce, na esclerose múltipla.
Introduction: multiple sclerosis is a chronic disease of the central nervous system, wich is characterized by multiple areas of inflammation, demyelination and formation of glial scars in the white substance. Decrease in lung volume, vital capacity, respiratory resistance and efficiency of the cough engine are among the leading causes of morbidity and mortality. Objective: to verify the effects of expiratory muscle strength in an individual diagnosed with multiple sclerosis relapsing-remitting type. Materials and methods: the evaluation included history, followed by the manometer tests, spirometry and peak expiratory flow. The intervention was given on a weekly frequency, 2 times a week, for ten weeks using Threshold PEP® device. The training was conducted in six ten exercises series. The revaluation took place in two stages, immediately after the end of the twentieth interventions and after thirty days thereof. Results: there was 45% increase in maximal inspiratory pressure, 60% of the maximal expiratory pressure after 30 days of intervention, and peak expiratory flow showed up with value about 30% higher compared to initial evaluation. Conclusion: the expiratory muscle training provided an increase in respiratory muscle strength, demonstrating significant importance of implementing this type of therapy in multiple sclerosis earlier.