Este artigo aborda a associação existente entre fotografia, arte contemporânea e museus, procurando investigar os modos como ela foi sendo desafiada pela revolução digital. A partir da obra de Joachim Schmid, este trabalho examina as estratégias museológicas que o artista desenvolveu, e subverteu, na sua prática, para questionar e reconfigurar os enquadramentos institucionais da arte e dos museus. Questões relacionadas com a reciclagem e a (i)materialidade dos objectos fotográficos são aqui particularmente aprofundadas para compreender as novas formas de apropriação artística e de legitimação cultural que caracterizam o actual contexto tecnológico da fotografia.
This article discusses the existing association between photography, contemporary art and museums, investigating also the ways in which it has been challenged by the digital revolution. Drawing on the work of Joachim Schmid, this work examines the museological strategies the artist developed and subverted in his practice, in order to challenge the institutional frameworks of art and museums. Issues of materiality and recycling of photographic objects are particularly analyzed here, aiming to understand the new forms of artistic appropriation and cultural legitimation that characterize the current technological context of photography.