Foucault com Freud: cultura, adoecimento, internação/ Foucault with Freud: culture, illness, hospitalization

Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health

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ISSN: 1984-2147
Editor Chefe: Walter Ferreira de Oliveira
Início Publicação: 31/12/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Medicina

Foucault com Freud: cultura, adoecimento, internação/ Foucault with Freud: culture, illness, hospitalization

Ano: 2011 | Volume: 3 | Número: 6
Autores: Roberto Lopes Mendonça, Carlos Eduardo Rodrigues
Autor Correspondente: Roberto Lopes Mendonça | [email protected]

Palavras-chave: Foucault, Freud, cultura, adoecimento mental, internação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Foucault e Freud têm pontos de vista ligeiramente diferentes do adoecimento mental em relação à cultura. Para o primeiro a cultura é que dá nome à loucura, não havendo sem a cultura um saber que possa determinar se tal fenômeno é loucura ou se pode ter outro nome como religião ou arte; já para o segundo ela é uma causa, a condição sine qua non do adoecimento, sendo impossível enlouquecer se não existir cultura. Partindo destes olhares divergentes, porém não contraditórios, propomos um estudo bibliográfico que auxilie na compreensão da relação entre cultura e adoecimento mental, trazendo o debate para nossos dias, quando a exclusão da loucura, “A grande internação” como dizia Foucault, ressurge em nosso horizonte. Concluímos com a aproximação destes dois olhares no intuito de demonstrar a indissociação entre cultura e loucura, presente nos dois autores, abrindo assim espaço para um discussão mais ampla sobre o trabalho dos que lidam diariamente com a saúde mental.



Resumo Inglês:

Foucault and Freud have slightly different points of view about mental illness, in its relationships with culture. For the first, culture is what names madness; there is no culture without knowledge, which can determine whether a phenomenon is to be considered as madness or can have another name related to a religious or arts. On the other hand, for the second, culture is the cause, the condition sine qua non of the disease, and it is impossible to go crazy if there is no culture. From these divergent but not contradictory statements, we propose a bibliographical study that assists in understanding the relationship between culture and mental illness, updating the debate, when the exclusion of madness, "the big hospitalization", as Foucault said, reappears in our horizon. We conclude, in order to demonstrate the indissociation between culture and madness found in the two authors, for the need to open room for a discussion about the work of those who deal daily with mental health.