Francisco Gregório Filho: contador de histórias, tradutor de gerações

Nova Revista Amazônica

Endereço:
Alameda Leandro Ribeiro, s/n, - Aldeia
Bragança / PA
68600000
Site: https://www.periodicos.ufpa.br/index.php/nra
Telefone: (91) 3425-1209
ISSN: 2318-1346
Editor Chefe: César Augusto Martins de Souza
Início Publicação: 01/01/2013
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Francisco Gregório Filho: contador de histórias, tradutor de gerações

Ano: 2017 | Volume: 5 | Número: 1
Autores: Giselle Ribeiro
Autor Correspondente: G. Ribeiro | [email protected]

Palavras-chave: tradução, narrativas, literatura oral, estudo da tradução.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Traduzir é também contar histórias antes ouvidas por outras gerações. É fazer bom uso da palavra para nomear, descrever e comunicar acontecimentos, emoções, pessoas e coisas visíveis e invisíveis ao mundo. É dar vez à voz do outro. Nesta cena, o contador de histórias aparece como tradutor da voz ancestral, que não é a voz primeira, mas também a voz de outro que quer ser transmitida de geração em geração. Aqui, há rumores de que o mundo evolui, de que o pensamento nascido com a humanidade é mutável, de que os saberes nos transformam e se transformam com observações e experimentações. É também assim para a tradução, pois ela é tão igual ao camaleão, porque está na escala dos saberes observados, experimentados e mutáveis. É o que faz Francisco Gregório Filho, com a publicação do livro Lembranças amorosas (2000), ele conta e traduz as histórias que ouviu do avô e da avó, às vezes do pai, às vezes da mãe. Por isso, essa aproximação com o livro Lembranças Amorosas (2000) e a tradução. É disso que esse artigo se dispõe a dialogar.



Resumo Francês:

Traduire c’est aussi raconter d’ histoires entendues par d'autres générations. C’est bien utiliser le mot pour nommer, décrire et communiquer les événements, les émotions, les gens et les choses visibles et invisibles dans le monde. Il est temps de donner la parole à l'autre. Dans cette scène, le raconteur apparaît comme un traducteur de voix ancienne, qui n’est pas la première voix, mais la voix d'un autre qui veut être transmise de génération en génération. Ici, il y a des rumeurs que le monde évolue, que la pensée est née avec l'humanité et qu’elle est en train de changer et de nous faire tourner à des observations et des expériences. Ainsi je vous parle de la traduction, parce qu'elle est comme le caméléon, elle est lá pour l’experience et l'évolution des connaissances. Et il est possible de dire qu’avec la publication du livre Lembranças Amorosas (2000), Francisco Gregório Filho fait des traductions, quand il raconte les histoires qu’il a entendu de son grand-père, de sa grand-mère, parfois de son père et de sa mère. C'est ce que cet article est prêt à parler.