Fraturas contemporâneas de histórias indígenas em Belém: sobre mármores e grafites

Revista Maracanan

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ISSN: 1807-989X
Editor Chefe: Tania Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
Início Publicação: 01/12/1999
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: História

Fraturas contemporâneas de histórias indígenas em Belém: sobre mármores e grafites

Ano: 2020 | Volume: 0 | Número: 24
Autores: Ivânia dos Santos Neves
Autor Correspondente: Ivânia dos Santos Neves | [email protected]

Palavras-chave: Dispositivo Colonial, Cidades, Diversidade, Colonialidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo, considerando como referência teórico-metodológicas os estudos do discurso fundamentados em Michel Foucault e as definições de dispositivo colonial e etniCidades para compreender os enunciados visuais espraiados nas paisagens de Belém na segunda década do século XXI, que representam diferentes lugares de enunciação sobre a história da cidade e os povos indígenas. Tomo o frontal da Basílica de Nazaré e uma escultura de bronze de um indígena exposta na praça de um bairro nobre da cidade para marcar o discurso da colonização e, em contrapartida, analiso grafites de dois artistas contemporâneos paraenses que retomam a memória indígena de Belém em suas produções e visibilizam a pluralidade étnica da cidade. De certa forma, atualizo a antiga metáfora cunhada pelo Pe. Antônio Vieira, mas agora, em oposição ao mármore, não mais a murta e sim os grafites e sua efemeridade. 

 



Resumo Inglês:

In this article, considering as a theoretical-methodological reference the discourse studies based on Michel Foucault and the definitions of colonial dispositive and ethniCity to understand the visual statements spread in the landscapes of Belém in the second decade of the 21st century, representing different places of enunciation about the history of the city and the indigenous peoples. I analyze the frontal of the most famous catholic church of the city and a bronze sculpture to mark the discourse of the colonization and, in contrast, I analyze graffiti of two local contemporary artists that retake the indigenous memory of Belém in their productions. In a way, update the ancient metaphor coined by Fr. Antonio Vieira, but now, as opposed to marble, not the myrtle but graffiti and its transience.