Frequência de lesões músculoesqueléticas em atletas amadores que praticam escalada esportiva em rocha na cidade de Londrina – PR

Revista Terra & Cultura

Endereço:
Rua Alagoas, 2050 - Centro
Londrina / PR
86020430
Site: http://periodicos.unifil.br/index.php/Revistateste/index
Telefone: (43) 3375-7448
ISSN: 0104-8112
Editor Chefe: Leandro Henrique Magalhães
Início Publicação: 01/09/1981
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Frequência de lesões músculoesqueléticas em atletas amadores que praticam escalada esportiva em rocha na cidade de Londrina – PR

Ano: 2012 | Volume: 28 | Número: 54
Autores: Roberta Ramos Pinto, Ludgero dos Santos Pereira, Rodolfo Poli Mignoni
Autor Correspondente: Roberta Ramos Pinto | [email protected]

Palavras-chave: escalada, lesões, prevalência

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A escalada em rocha tornou-se uma modalidade esportiva nos meados do século XIX e é considerado um esporte empolgante e desafiador que nos últimos anos tem crescido sobremaneira. Há muitas lesões encontradas nos escaladores de rocha que dificilmente são encontradas em indivíduos que não praticam esta modalidade esportiva. Essas lesões são pouco estudadas o que torna o diagnóstico impreciso e o tratamento inadequado. O objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência de lesões nos escaladores residentes em Londrina que praticam a modalidade de Escalada Esportiva em Rocha. Foi aplicado um questionário elaborado pelos pesquisadores, com questões referentes à pratica do esporte, provável ocorrência de lesões, além de possíveis tratamentos realizados em 29 escaladores, sendo 26 homens, com média de idade de 26,9 e SD± 9,18, e média do tempo de escalada 46,3 meses e SD± 42,7 meses. Foram encontradas 35 lesões, sendo que em 13 casos houve procura médica com consequente diagnóstico clínico. As lesões foram, contratura no quadrado lombar direito, tendinite bilateral de flexores do 3º dedo, luxação em ombro direito, artrite no 4º dedo direito, tendinite bilateral de bíceps braquial e tríceps, tendinite dos flexores do 2º, 3º e 4º dedos direito e um caso de tendinite de todos os flexores dos dedos. Os atletas que não procuraram investigação clínica relataram dor em ombro esquerdo, dor em fáscia plantar direita, dor em região do retináculo do punho direito, dor em 3º dedo da articulação interfalangiana proximal direito, dor em 4º dedo da articulação interfalangiana proximal direita, dor bilateral em 3º dedo da articulação interfalangiana proximal, dores musculares em supraespinhoso, deltóide, bíceps braquial e tríceps braquial, bilateralmente, e dois atletas relataram dores em região dos flexores de punho direito e esquerdo. Além disso, em 3 casos houve relato de deslocamento de ombro esquerdo e 1 caso de deslocamento em ombro direito. Os resultados encontrados indicam que as patologias com diagnóstico médico tais como, tendinite dos flexores dos dedos, bíceps e tríceps braquial além da luxação em ombro estão de acordo com a literatura encontrada. Apesar do reduzido número de sujeitos que compõem a amostra, pôde-se concluir que os resultados encontrados corroboram parcialmente com a literatura científica, e outros resultados poderiam concordar com a literatura se os atletas apresentassem uma investigação mais detalhada das dores apresentadas principalmente durante a prática dos esportes.



Resumo Inglês:

The rock climbing became sportive modality in the middle of century XIX and is considered a exciting and challenging sport that in the last years has grown excessively. It has many injuries found in the climbers of rock that hardly are found in individuals that do not practice this modality. There are few studies about these type of injuries which brings a unclear diagnosis and the incorrect treatment. The goal of this work is to evaluate the prevalence of injuries in the climbers of Londrina city who practice the Rock Climbing Sport. A questionnaire elaborated by the researchers was applied, with referring questions to the athletes, probability of occurrence of certain injuries, and possible treatments carried through in 29 climbers, being 26 men, average of age of 26,9 and SD±9,18, and average of the climbing time 46,3 months and SD±42,7 months. It has been found 35 injuries, which 13 cases were properly diagnosticated. The injuries found are contracture in the right lumbar square, bilateral tendinitis of flexors of 3º finger, displacement in right shoulder, arthritis in 4º right finger, bilateral tendinitis of brachial biceps and tríceps, tendinitis of the flexors of 2º, 3º and 4º fingers right and a case of tendinitis of all the flexors of the fingers. The athletes withouth medical had told about pain in the left shoulder, pain in the right foot fascia, pain in the retinaculum of the right fist area, pain in 3º finger of the interphalangeal joint proximal right, pain in 4º finger of the interphalangeal joint proximal right, bilateral pain in 3º finger of the proximal interphalangeal joint, muscular pains in supraspinatus, deltoid, brachial biceps and tríceps brachial, bilaterally, and two athletes had told about pain in region of the flexors of right and left fist. Moreover, in 3 cases it had story of displacement of left shoulder and 1 case of displacement in right shoulder. The joined results indicate that as much the patologies with medical diagnosis such as, tendinitis of the flexors of the fingers, brachial biceps and tríceps beyond the displacement in shoulder, as well as the complaint told for the athletes. Despite the reduced number of citizens that compose the sample, we can conclude that some results corroborate partially with scientific literature, and others could contribute if the athletes presented a clinic diagnosis.