O artigo pretende discutir o conceito de fronteira na América colonial na segunda metade do século XVIII. Nesse período, a delimitação dos espaços de soberania das metrópoles servia para solucionar problemas como o trânsito de gentes pela fronteira. Essas delimitações viriam a ser regulamentadas pelos Tratados de Madri e Santo Ildefonso, cuja aplicação teórica e nas vias práticas demonstram as nuances do viver em fronteira enquanto esta se apresentava como um espaço de experiências e expectativas. Com isso, pensamos a multiplicidade de abordagens e interpretações a partir da relação deste espaço com personagens que viviam nesse cenário, no caso as autoridades a serviço de Portugal e Espanha e os povos indígenas viventes nessas paragens.
This article discusses the concept of borders in colonial America in the second half of the eighteenth century. During this period, the delimitation of spaces of sovereignty of the metropolis served to troubleshoot the transit of people across the border. These boundaries were to be regulated by the treaties of Madrid and San Ildefonso, whose theoretical and in practical avenues application demonstrate the nuances of living in the border while it presented itself as a space of experiences and expectations. Thus, we think the multiplicity of approaches and interpretations from the relation of this space with characters who lived in this scenario, if the authorities of Portugal and Spain service and indigenous peoples living in these parts.