Este ensaio pretende focar a concepção de fronteira, especialmente à luz dos textos: Fronteira: a degradação do outro nos confins do humano de José de Souza Martins e A modernização dolorosa: estrutura agrária, fronteira agrÃcola e trabalhadores rurais no Brasil de José Graziano da Silva. A ocupação dos “espaços vazios†foi um dos momentos centrais na integração das terras férteis do Brasil à economia mundial. O imaginário desta ocupação serviu de mito fundador da nacionalidade e de desenvolvimento capitalista. Esse mito fundador forjou a compreensão do brasileiro sobre a terra. Este trabalho procura olhar a fronteira sob o prisma de mito reforçador da nação ou da formação da unidade nacional, como categoria analÃtica dos fenômenos históricos.