Fronteiras do Arcebispo: a casa de Dom Helder Camara

Fronteiras

Endereço:
Rua Almeida Cunha - sala C6, 8 andar – Bl G4 - Santo Amaro
Recife / PE
50050-480
Site: http://www.unicap.br/ojs/index.php/fronteiras/index
Telefone: (81) 2119-4332
ISSN: 2595-3788
Editor Chefe: Francisco de Aquino Júnior
Início Publicação: 16/06/2018
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Teologia

Fronteiras do Arcebispo: a casa de Dom Helder Camara

Ano: 2018 | Volume: 1 | Número: 2
Autores: Newton Darwin de Andrade Cabral, Cícero Williams da Silva, Lucy Pina Neta
Autor Correspondente: Newton Darwin de Andrade Cabral | [email protected]

Palavras-chave: Catolicismo, Poder, Modelos eclesiais, Igreja dos Pobres

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A partir da última casa habitada por Dom Helder Camara (anexa à Igreja das Fronteiras, no Recife), o artigo estuda o quanto aquela residência foi emblemática em sua perspectiva de não encarar limites como intransponíveis, mas, ao contrário, enxergar a possibilidade de ampliá-los ou aboli-los. Assim, foram abordados três eixos: o primeiro explora aspectos da construção, desde a capela primitiva, localizada na fronteira da estância de Henrique Dias, até quando, após visita do Imperador Pedro II, ela recebeu o título de Capela Imperial; o segundo trata das inquietações de Dom Helder que, ao assumir a Arquidiocese local, morou no Palácio Episcopal embora desejasse despojar-se daquele simbolismo de poder. Foram percorridas as opções cogitadas e a escolha da Igreja das Fronteiras, investigando tanto o alcance da mudança representando rompimento de limites, quanto a ampliação do seu testemunho de bispo coerente com debates e compromissos firmados intra e extra Concílio Vaticano II. Tudo é analisado sob o prisma do lema do seu episcopado – Em tuas mãos! – , inclusive seu posicionamento quando muros da Igreja foram alvejados e ele experimentou a iminência da morte enquanto última fronteira. Como consequência, o local passou a demarcar outra extinção de divisas ao tornar-se referência para visitas de estadistas, religiosos, artistas e gente do povo; o terceiro analisa os processos pelos quais passou a igreja – tombamento (1947), inventário dos bens (2003) – e o reconhecimento como Casa-museu, condição atual da residência do falecido arcebispo, conferida também pelo fluxo regular de visitantes e pelas exposições permanentes nela realizadas acerca do legado helderiano.



Resumo Inglês:

Based on the last house inhabited by Dom Helder Camara (annexed to the Frontiers Church, in Recife), the article studies how emblematic that residence was in its perspective of not facing limits as insurmountable, but, on the contrary, seeing the possibility of amplifying or abolishing them. This way, three axes were addressed: the first, explores aspects of construction, since the primitive chapel, located at the Henrique Dias ranch frontier, until when, after the visit of Emperor Pedro II, it received the title of Imperial Chapel; the second, covers the uneasiness of Dom Helder that, assuming the local Archiodisses, lived at Episcopal Palace, although he wished to free himself from that power symbolism. The options contemplated and the choice of the Frontiers Church were analyzed, investigating both the reach of the change representing limits disruption and the amplification of its bishop’s testimony coherent with debates and compromises firmed intra and extra II Vatican Council. Everything is analyzed under the perspective of its episcopate motto – In your hands! –, including his positioning when the Church walls were bleached, and he experienced death’s imminence as the last frontier. As consequence, the place began to mark another extinction of borders, becoming a reference for visits of statesmen, religious, artists, and the people; the third, analyzes the process the church went through – assessment (1947), the survey of its goods (2003) – and the recognition as House-museum, current condition of the deceased archbishop’s residence, given also by the regular visitors flow and the permanent exhibitions on Helder’s legacy.