A partir da História Ambiental propomos pensar os conceitos de fronteira e de bioma articulados. Apesar de muito estudadas no campo histórico, as fronteiras muitas vezes são analisadas deixando de fora as características naturais de sua espacialidade. Ao pensar os biomas podemos ver que muitos perpassam essas fronteiras humanas e que tanto as populações quanto os Estados Nacionais os utilizam e os percebem de formas distintas ao longo do tempo. Para ilustrar essa discussão trabalhamos com os biomas transfronteiriços do sul do Brasil: o Pampa e a Mata Atlântica. O objetivo é compreender dentro de uma longa escala espaço-temporal como esses dois biomas foram afetados e como eles afetaram as questões que envolvem a zona de fronteira, demonstrando a importância de considerar essas problemáticas em estudos históricos.
Based on Environmental History, we propose to think about the concepts of border and biome in articulation. Despite being much studied in the historical field, borders are often analyzed leaving out the natural characteristics of their spatiality. When thinking about biomes, we can see that many of them cross these human borders and that both populations and National States use them and perceive them in different ways over time. To illustrate this discussion, wework with the transboundary biomes of southern Brazil: the Pampa and the Atlantic Forest. The goal is to understand,within a long spatiotemporal scale, how these two biomes were affected and how they affected the questions surrounding the border zone, demonstrating the importance of considering these issues in historical studies.