Este artigo objetiva, à luz da proposta do presente dossiê – Pluralidades e convergências na Teologia Moral hodierna –, apresentar algumas perspectivas catequéticas que estão intimamente relacionadas com a formação ética cristã, em nossas comunidades de fé. Tomando como fundamento o adágio atribuído a Próspero de Aquitânia acerca das interrelações entre lex orandi, lex credendi e lex vivendi¸ o artigo pretende analisar como a Mistagogia precisa ser entendida e praticada como experiência ética do Mistério de Cristo, dentro dos processos de Iniciação à Vida Cristã promovidos pela comunidade cristã-católica. O artigo está construído em três pontos: 1) considerar o lugar da formação ética na história dos processos iniciáticos cristãos; 2) interrelacionar a formação ética com a catequese mistagógica proposta pela comunidade de fé; e 3) propor que a Mistagogia seja entendida e praticada, não somente em sua dimensão litúrgico-sacramental, mas também, em sua dimensão existencial-ética. Neste sentido, o artigo intenciona destacar que a dissociação entre fé celebrada, professada e vivida pode ser superada mediante uma revisão da compreensão do que é a Mistagogia nos processos iniciáticos cristãos e o incremento da sua valência ética.
This article aims, in the light of the proposal of the present dossier – Pluralities and convergences in today’s Moral Theology –, to present some catechetical perspectives that are closely related to Christian ethical formation 10.17771/PUCRio.ATeo.61619 716 ATeo, Rio de Janeiro, v. 26, n. 70, p. 715-734, jul./dez.2022 in our faith communities. Based on the adage attributed to Prospero of Aquitaine about the interrelationships between lex orandi, lex credendi and lex vivendi, the article aims to analyze how Mystagogy needs to be understood and practiced as an ethical experience of the Mystery of Christ, within the processes of Christian Initiation promoted by the Christian-Catholic community. The article is built on three points: 1) consider the place of ethical formation in the history of Christian initiation processes; 2) to interrelate ethical formation with the mystagogical catechesis proposed by the faith community; and 3) to propose that Mystagogy be understood and practiced, not only in its liturgical-sacramental dimension, but also in its existential-ethical dimension. In this sense, the article intends to highlight that the dissociation between celebrated, professed and lived faith can be overcome through a review of the understanding of what Mystagogy is in Christian initiation processes and the increase of its ethical valence.