Funny games e a não relação de causalidade nos filmes de Michael Haneke

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Editor Chefe: Prof. Luiz Henrique Barbosa
Início Publicação: 01/10/2001
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Comunicação

Funny games e a não relação de causalidade nos filmes de Michael Haneke

Ano: 2014 | Volume: 16 | Número: 19
Autores: Lívia Maria Marques Sampaio
Autor Correspondente: Lívia Maria Marques Sampaio | [email protected]

Palavras-chave: cinema, narrativa, recepção, Michael Haneke, funny games.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A proposta com este artigo é problematizar a relação entre as histórias trágicas contadas nos filmes de Michael Haneke e o espectador, que, ao se deparar com diversas perguntas lançadas nessas películas, fica sem respostas.
Há um consenso nos estudos, críticas e resenhas dos filmes desse diretor de que neles existe uma unidade precisa de forma e conteúdo. Um plano ligado a outro. Um detalhe aparentemente desprovido de importância que surge no início será significado no decorrer da história. Não há perda de energia dramática. Especificamente em Funny games (1997), personagens que falam aos espectadores olhando diretamente para a câmera rebobinam uma cena com o controle remoto, alterando totalmente o desenrolar da história e trocam de nomes entre si, levantam questões a respeito da forma e da ética do filme. Essas peripécias narrativas, isoladamente, não são inovadoras, mas todas elas no mesmo filme formam um conjunto de artifícios para atingir o espectador, incomodando-o, desestabilizando-o, desejo confesso e marcante do diretor em todas as suas obras.



Resumo Inglês:

The proposal with this article is to problematize the relationship among the counted tragic histories in Michael Haneke’s films and the spectator, that, when coming across with several questions thrown in those films, is unanswered. There is a consensus in the studies, critics and reviews of that director’s films that in them exists a necessary unit in way and content. A plan connected another. A detail seemingly without importance that appears in the beginning will be meant in elapsing of the history. There is no loss of dramatic energy. Specifically in Funny games (1997), characters that speak to the spectators looking directly at the camera rewind a scene with the remote control, altering totally the uncoiling of the history and change of names amongst themselves, they lift questions regarding the form and the ethics of the film. Those adventures narrative , separately, are not innovative, but all of them in the same film form a group of artifices to reach the spectator, inconveniencing it destabilizing it, desire admits and outstanding of the director in all their works.