GÊNERO COMO UM CONCEITO POLÍTICO: UMA BREVE REFLEXÃO, PROBLEMÁTICAS, USOS E POSSIBILIDADES

Manduarisawa

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ISSN: 2527-2640
Editor Chefe: Monize Melo da Silva Chaves
Início Publicação: 22/09/2017
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

GÊNERO COMO UM CONCEITO POLÍTICO: UMA BREVE REFLEXÃO, PROBLEMÁTICAS, USOS E POSSIBILIDADES

Ano: 2021 | Volume: 5 | Número: 2
Autores: Sabrina Natali Silva Bentes
Autor Correspondente: Sabrina Natali Silva Bentes | [email protected]

Palavras-chave: Gênero; política; História.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A partir da década de 1970, os estudos sobre a história das mulheres foram intensificados. À medida que suas problemáticas se desenrolaram e as discussões foram aprofundadas, houve também a possibilidade de um alargamento do estudo sobre as mulheres e a categoria de gênero foi instituída com a promessa de problematizar ainda mais certas concepções, inclusive a própria concepção sobre a categoria “mulher”. Joan Scott (1989), foi uma das primeiras a propor o gênero como uma categoria útil de análise; Judith Butler (1990), propôs o gênero sob o lugar do político, problematizando-o e propondo sua desconstrução; bell hooks (2019) entendeu que essa categoria de análise precisava ser vista através das lentes das categorias de raça e classe; Oyèrónké Oyewùmí (2021) propôs a desuniversalisação desta categoria e uma crítica ao ocidente como parâmetro e María Lugones (2008), a partir de todas essas análises poderosas, propôs o conceito de colonialidade de gênero, onde o gênero para além de uma categoria de análise histórica, é um marcador de desumanidade. Nesse sentido, esta proposta tem por objetivo entender como o político/política atravessa a categoria de gênero, de forma constitutiva, seja de forma problemática, seja para propor novos caminhos para pensá-la e transformá-la.



Resumo Espanhol:

A partir de los años 70, se intensificaron los estudios sobre la historia de las mujeres. A medida que se desarrollaban sus problemas y se profundizaba en los debates, surgió también la posibilidad de ampliar el estudio de la mujer y se instituyó la categoría de género con la promesa de seguir problematizando ciertas concepciones, incluido el propio concepto de la categoría "mujer". Joan Scott (1989), fue una de las primeras en proponer el género como una categoría útil de análisis; Judith Butler (1990), propuso el género bajo el lugar de lo político, problematizándolo y proponiendo su deconstrucción; bell hooks (2019) entendió que esta categoría de análisis necesitaba ser vista a través de la lente de las categorías de raza y clase; Oyèrónké Oyewùmí (2021) propuso la desuniversalización de esta categoría y una crítica a occidente como parámetro y María Lugones (2008), a partir de todos estos potentes análisis, propuso el concepto de colonialidad de género, donde el género más allá de una categoría de análisis histórico, es un marcador de inhumanidad. En este sentido, esta propuesta pretende comprender cómo lo político/la política atraviesa la categoría de género, de manera constitutiva, ya sea de manera problemática, o proponer nuevas formas de pensarla y transformarla.