Ao abordar parte da produção cinematográfica de Maria Luisa Bemberg (Argentina) e Ana Carolina Teixeira Soares (Brasil), diretoras que exploraram a temática das mulheres em seus paÃses com filmes que alcançaram o circuito comercial a partir dos anos 1970, proponho uma reflexão sobre como essas mulheres buscaram constituir um espaço de crÃtica e reivindicação. Tomando as imagens e narrativas fÃlmicas como documentos históricos, pretendo refletir sobre como esses trabalhos fazem parte de uma memória cinematográfica voltada para o questionamento das relações hierárquicas e tradicionais de gênero. Proponho também uma análise da expansão deste tipo de cinema, seja ele considerado feminista ou não, em paÃses tidos como “periféricosâ€, no momento em que as manifestações das mulheres eclodiam pelo mundo e em que o cinema foi apropriado como mais um instrumento polÃtico na constituição de subjetividades também moldadas, por outro lado, pelas trágicas consequências dos regimes militares.
Approaching on part of the cinematograph production of Maria Luisa Bemberg (Argentina) and Ana Carolina Teixeira Soares (Brazil), directors which has explored women‟s subjects in their countries with films that have reached the commercial circuit from the seventies, I purpose a reflection about how these women searched to constitute a space of critics and vindication. Taking the filmic images and narratives as historical documents, I intend to reflect about how these works are part of a cinematographic memory turned to the questioning of hierarchical and traditional gender relations. I also purpose un analysis of the expansion of this kind of cinema, either feminist or not, in “peripheral†countries, at the moment that women‟s manifestations raised through the occidental world and that the cinema was taken as another political instrument in the constitution of subjectivities also shaped, by the other side, by the tragic consequences of the military political system.