Neste artigo, buscamos analisar a identidade feminina em discursos de Dilma Rousseff, primeiro mandato, tendo em vista, de um lado, os estereótipos históricos da “feminilitude†que valorizam a falocracia, e, de outro, posições de “feminilitude†que valorizam a práxis do feminino, em posição feminista. Para tal, são levantados sentidos linguÃstico-discursivos com vistas não somente à reprodução de estereótipos históricos, mas também à contestação e ressignificação destes. Nossa análise linguÃsticodiscursiva prioriza macro-categorias: ethos discursivo, feminilidade e “feminilitudeâ€, cujo propósito é identificar os performativos identitários da “feminilitudeâ€, tais como legitimação e resistência frente a uma ordem social histórica falocrática. E diante desta trincheira, um ethos discursivo se configura por micro-categorias: ruptura, identificação, agenciamento, empoderamento e contestação. Mesmo diante deste quadro teóricocategorial, que privilegia as trincheiras de resistência à s ações históricotradicionais, ainda verifica-se a ordem social e as ações históricotradicionais do falocrático.