Gênero, raça e classe na produção social da loucura

Revista da Defensoria Pública do Distrito Federal

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ISSN: 2674-5739
Editor Chefe: Alberto Carvalho Amaral
Início Publicação: 24/05/2019
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Direito

Gênero, raça e classe na produção social da loucura

Ano: 2024 | Volume: 6 | Número: 1
Autores: M. F. Diniz, D. Portugal
Autor Correspondente: M. F. Diniz | [email protected]

Palavras-chave: loucura, gênero, raça, classe, patologização

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho visa tratar da loucura sob uma perspectiva crítica e interseccional, objetivando avaliar de que maneira elementos de gênero, raça e classe foram significativos para a definição do conceito de loucura a partir do movimento higienista do século XIX. A importância do tratamento da referida matéria se dá, primeiramente, pelo fato de que o gênero, a raça e a classe são fatores ainda hoje invisibilizados na compreensão do “louco”, em especial no âmbito jurídico. A relevância da abordagem se manifesta, também, em virtude de ainda se manter viva, nos dias atuais, a patologização das diferenças. Quanto ao objetivo proposto, a metodologia da pesquisa aqui eleita é do tipo explicativa, direcionada a desvendar as razões de o público-alvo dos hospitais de custódia diferir pouco daquele selecionado pelo Estado para compor seu cárcere. Portanto, trabalha-se com a seguinte hipótese “o projeto de reurbanização da belle époque nos legou uma política de segregação da diferença, direcionada a encarcerar representatividades de gênero, raça e classe não majoritárias, ainda que pela justificativa do cuidado e tratamento em hospitais”.