Este artigo apresenta um diálogo entre três figuras míticas e pitorescas (gaúcho, cowboy e maland-ro) que povoam diferentes manifestações culturais e revelam características identitárias e costumes (a gauchada, o jeitinho) dos países envolvidos (Argentina, Uruguai, Brasil, Estados Unidos). Levam-se em conta aspectos históricos, políticos e literários que estão por trás das representações desses seres populares e à margem do sistema social. O objetivo central desta análise é mostrar como os personagens literários, seres inventados e imaginados, costumam ser usados para criar verdades e ações político-sociais que favorecem os de sempre e reproduzem ideologias fossilizadas ao longo do tempo. Para tanto, este trabalho faz uso do referencial teórico da teoria literária, da sociologia e das narrativas que representam os três tipos míticos citados, destacando que as obras literárias referidas vão além da tradição mimética e reforçam o caráter escavador, expansivo da literatura, que tem o poder de dilatar fronteiras, por ser em si uma ferramenta de descobrimento (como o é a arte em geral).
Este artículo establece un diálogo entre tres figuras míticas y pintorescas (gaucho, cowboy y malandro) que habitan distintas expresiones culturales y revelan características identitarias y costumbres (la gauchada, el jeitinho) de los países involucrados (Argentina, Uruguay, Brasil, Estados Unidos). Se consideran los aspectos históricos, políticos y literarios que están por de-trás de las representaciones de estos seres populares y al margen del sistema social. El objetivo principal de este análisis es mostrar como personajes literarios, seres inventados e imaginados, suelen ser utilizados para crear verdades y acciones político-sociales, que favorecen los de siempre y reproducen ideologías fosilizadas a lo largo del tiempo. Para tanto, este trabajo hace uso del referencial de la teoría literaria, de la sociología y de las narrativas que representan los tres tipos míticos nombrados, señalando que las obras literarias nombradas van más allá de la tradición mimética y refuerzan el carácter excavador, expansivo de la literatura, que tiene el poder de dilatar fronteras, por ser en sí una herramienta de descubrimiento (como lo es el arte en general).