Esta pesquisa, desenvolvida na comunidade ribeirinha de Porto da Manga, situada a 76 km da cidade de Corumbá, MS, mostra que o adoecimento é uma construção social de responsabilidade do Estado. No local, vivem aproximadamente 30 famílias, em torno de 200 pessoas, que, na sua maioria, são coletores de iscas, pescadores profi ssionais e piloteiros. Para a coleta de dados, foram convidadas 55 pessoas, das quais 47 aceitaram responder ao questionário semiestruturado, e oito se recusaram a participar. Como metodologia, foi utilizada a análise qualitativa, com observação participante. A omissão do Estado no campo da saúde, educação, habitação, transporte público e segurança contribui para a produção do adoecimento dos ribeirinhos. Dessa forma, o Estado, que deveria ser gerador de vida, é produtor de adoecimento e morte: não só deixa morrer, mas faz morrer.
This study developed in the riverine community of Porto da Manga, located 76 km from the city of Corumbá, MS, shows that illness is a social construction for which the government is responsible. Nearly 30 families live in the area, approximately 200 people, most of whom are bait catchers, professional fi shermen and fi shing guides. Fifty-fi ve were invited to provide data. Forty-seven accepted to answer the semi-structured questionnaire and eight refused to participate. The qualitative analysis methodology was used with participant observation. The government’s omission in the fi elds of health, education, housing, public transportation and security contributes towards the production of illnesses in riverine communities. Thus, the government that should be a generator of life, is the producer of illness and death: it don’t only allows them to die, but it does make them die.
La presente investigación, desarrollada en la comunidad ribereña de Porto da Manga, localizada a 76 km de la ciudad de Corumbá, MS, muestra que el enfermarse es una construcción social de responsabilidad del Estado. En el local, viven cerca de 30 familias, en torno de 200 personas, que, en su mayoría, son recolectores de carnadas, pescadores profesionales y conductores de barcos. Para la recolecta de los datos, han sido invitadas 55 personas, de las cuales 47 han aceptado responder al cuestionario semiestructurado y ocho han recusado a participar. Como método, ha sido utilizado el análisis cualitativo, con observación participante. La omisión del Estado en el campo de la salud, educación, habitación, transporte público y seguridad ha contribuido para que los ribereños se enfermen. De esta forma, el Estado, que debería ser el generador de la vida, es el productor de las enfermedades y de la muerte: no solo permite que se mueran, sino hace con que se mueran