Genealogia e historicismo crítico: dois modelos de Esclarecimento nos escritos de Horkheimer e Adorno

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

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ISSN: 2318-9800
Editor Chefe: Maria Lucia Cacciola / Ricardo Terra
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Filosofia

Genealogia e historicismo crítico: dois modelos de Esclarecimento nos escritos de Horkheimer e Adorno

Ano: 2017 | Volume: 22 | Número: Especial
Autores: John Abromeit
Autor Correspondente: John Abromeit | [email protected]

Palavras-chave: Esclarecimento; historicismo; Max Horkheimer; Theodor Adorno; Escola de Frankfurt.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo sustenta que dois conceitos distintos de Esclarecimento coexistem em tensão na Dialética do esclarecimento de Horkheimer e Adorno. De acordo com o primeiro conceito, genealógico, o Esclarecimento é uma forma confusa de autopreservação que existiu desde a aurora da civilização ocidental. O segundo conceito, historicista crítico, concebe como Esclarecimento os ideais críticos e antiautoritários articulados – mais radicalmente na França do século XVIII – durante o irregular desenvolvimento da sociedade burguesa moderna. Depois de examinar as origens destes dois conceitos nos primeiros escritos de Adorno e Horkheimer, este artigo demonstra porque o primeiro conceito se tornou dominante na Dialética do esclarecimento, ao mesmo tempo apontando traços significativos do segundo conceito que ali permaneceram. Argumenta-se que uma reconsideração do conceito historicista crítico revela um modelo de Teoria Crítica inicial que ainda pode fornecer uma alternativa convincente não apenas para a Dialética do esclarecimento, mas também para as tentativas mais recentes de situar a Teoria Crítica em fundamentos normativos.



Resumo Inglês:

This article argues that two distinct concepts of Enlightenment coexist uneasily in Horkheimer and Adorno’s Dialectic of Enlightenment. According to the first, genealogical concept, Enlightenment is a bewildered form of self-preservation that has existed since the dawn of Western civilization. The second, critical historicist concept views Enlightenment as the critical and anti-authoritarian ideals articulated - most radically in eighteenth-century France - during the uneven development of modern bourgeois society. After examining the origins of these two concepts in Adorno and Horkheimer’s early writings, the article demonstrates why the former became dominant in Dialectic of Enlightenment, while at the same time pointing to significant traces of the latter that remained. The article contends that a reconsideration of the latter concept reveals of a model of early Critical Theory that can still provide a compelling alternative not only to Dialectic of Enlightenment, but also more recent attempts to place Critical Theory on normative foundations.