Através do pensamento de Dilthey e posteriormente de Heidegger foi buscado nesse artigo uma reflexão sobre o modo de ser contemporâneo com foco na impessoalidade. Enquanto uma das bases de nossa indagação, a teoria diltheyana oferece uma perspectiva histórica da vida psicológica que se diferencia de uma explicação tradicional das ciências da natureza, das quais se fundamentam em métodos hipotéticos e explicativos. De um outro modo, Heidegger nos apresenta em sua analítica existencial de “Ser e Tempo” o “a-gente” enquanto modo-de-ser possível ao Dasein no qual sua orientação se apresenta nos outros. A partir dessas bases filosóficas, na terceira parte se revela um questionamento direcionado a sociedade contemporânea ocidental, que a partir da globalização e da técnica oferece um confortável modo-de-ser padronizado, que encontra sua essência na valorização da individualidade.