Neste artigo são tecidas reflexões acerca da relação entre os estudos de gênero e estudos da vocalidade em performance, criando entrelaçamentos entre os campos da música e do teatro. Partindo das noções de feminismo e gênero, o texto traça apontamentos acerca das relações entre as classificações vocais na música erudita ocidental e a sociedade patriarcal na qual esse tipo de música foi criada. O texto aborda também os aspectos tímbricos da voz, a androginia, o conceito de queer listening, criando ainda paralelos com os trabalhos de artistas como Demetrio Stratos e Laurie Anderson.